A distinção, feita pela revista "Time", este ano, para pessoa do ano, foi para os combatentes do virus Ébola.
Este tema dá que pensar...
Por um lado esta distinção é merecida sem dúvida, pelo altruísmo representado, mas por outro, os contornos da situação apontam para a diferença entre o número de infectados e mortes, nos países subdesenvolvidos que apresentam taxas muitos superiores do que os países desenvolvidos.
Primeiro, temos que nos questionar, o porquê de o virus ter aparecido onde apareceu e falta de apoio por parte da comunidade internacional.
Existe uma disparidade enorme em termos de infraestrutura médica e educacional nos principais países afectados, que promove a intrusão de economias que pretendem capitalizar com estás situações.
Olhando para o caso dos Estados Unidos da América, cuja maior indústria é a farmacêutica, rendendo cerca de 300 biliões de dólares por ano, era de esperar, até porque situações semelhantes tem vindo a acontecer, apesar de abafadas.
Ponha-se no lugar de um director executivo de uma empresa farmacêutica. Será sempre mais rentável taxar as pessoas com tratamentos regulares, do que curá-las de uma vez.
Desde o momento em que a saúde passa a ser negócio, deixa de existir igualdade de oportunidade de acesso. Como se não tivessem direito à Saúde.
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