terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ATIVISMO SOCIAL E DEMOCRACIA



De vez em quando aparecem-me na frente , texto, livros , frases, imagens que me fazem pensar.
Muitos dizem que os portugueses são "treinadores de bancada" tanto no futebol, como na intervenção na comunidade e na vida política - falam muito mas agem pouco.
Sei que ainda sou muito jovem mas começo a perceber que esta coisa de intervir às vezes é um pau de dois bicos - se falas, pode correr mal, se não falas é porque não te interessas e se não te interessas não tens legitimidade para reclamar.

Um destes dias estava perdido nos meus pensamentos e deparei-me com este texto escrito durante a II Guerra Mundial :   

 "Primeiro vieram buscar os judeus e eu não me incomodei porque não era judeu. Depois levaram os comunistas e eu também não me importei, pois não era comunista. Levaram os liberais e também encolhi os ombros. Nunca fui liberal. Em seguida os católicos, mas eu era protestante. Quando me vieram buscar já não havia ninguém para me defender...”. 

Martin Niemöller (1892-1984), sobre sua vida na Alemanha Nazista.   

 Já me tinham falado deste texto / poema mas foi apenas agora que olhei para ele com olhos de ver.

A seguir, em conversa de família, falaram-me da relação deste texto com um outro de Brecht sobre o analfabetismo político e as suas consequências, sobretudo nas sociedades democráticas . é esta a reflexão :

Esta reflexão além de ser um apelo à participação consciente do cidadão nas decisões que irão afetar toda a sua vida e de seus semelhantes, expõe também a dimensão classista das ações do capitalismo que em sua orientação  impõe mecanismos de dominação e exploração que se estendem às esferas material e espiritual, por um lado seduzindo as massas com discursos ideológicos em defesa do neoliberalismo, apresentando-o como a solução para os problemas sociais, e por outro, apropriando-se do controle do Estado, diminuindo sua capacidade de ação no âmbito das politicas sociais e utilizando-o como elemento de exclusão cada vez maior imposta aos que mais necessitam do Estado, ou seja, os pobres.




DÁ QUE PENSAR.............



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